sexta-feira, 29 de abril de 2016
ALTERAÇÕES DA REPRESENTAÇÃO DO PLANETA
Os
mapas são uma tentativa de representar regiões o mais fielmente possível. Mas,
existe uma dificuldade óbvia em se representar objetos curvos ou
tridimensionais, como a Terra, em uma superfície plana, bidimensional.
Então,
sempre ocorrem distorções, ou seja, alguns
trechos do mapa não irão corresponder exatamente àquilo que está sendo
representado. É como você abrir uma bola e tentar esticá-la para deixá-la plana
como uma folha de papel. Você não conseguirá deixá-la plana a menos que rasgue
as extremidades, deformando-a.
Quanto
maior for a área representada maiores serão as distorções ou deformações no
mapa. Isso porque uma quantidade maior de detalhes deixará de ser representada,
além do que é praticamente impossível representar uma área grande (como um
país) usando-se uma escala de 1:1.
Entretanto,
existem meios de se criar pontos ou linhas de distorção nula (não é possível
fazer isso em todo o mapa), que é quando a escala principal do mapa é mantida
em determinados locais que se pretende representar mais fielmente e que podem
ser pontos no mapa ou linhas que correspondem a determinados círculos máximos
(círculo traçado sobre uma esfera e que tem a mesma circunferência que ela,
dividindo-a em dois hemisférios iguais).
Devido
à impossibilidade de se criar o mapa perfeito, existem diversas formas de se
representar superfícies grandes, ou, diversos tipos de projeções cartográficas.
Cada uma terá uma distorção diferente e em locais diferentes.
Nas
projeções cilíndricas tangentes
à superfície terrestre, por exemplo, (como se você colocasse uma folha em volta
do globo paralela a Linha do Equador, como um cilindro mesmo, e ali fossem
projetados os continentes) quanto mais próximo das regiões dos polos, maior a
distorção causada.
Na
Projeção de Mercator, por exemplo, que é uma projeção cilíndrica, a Groenlândia aparece bem maior que a América do Sul,
quando, na verdade, é a América do Sul
que é maior.
Já
em uma projeção azimutal
polar (ou normal), que também é paralela a Linha do Equador, as distorções
serão maiores quanto mais próximo das bordas, assim como na projeção cônica
polar. Porém esta última apresenta distorção também na parte central.
Fonte:
TIPOS DE PROJEÇÕES
As principais projeções cartográficas são:
Projeção Cilíndrica:
O plano da projeção é um cilindro envolvendo a
esfera terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo
para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano
sobre o qual será desenhado o mapa.
Projeção Cônica:
O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera terrestre. Os
paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos convergem para o
polo.
Projeção Plana ou Azimutal:
O plano da projeção é um plano tangente à esfera
terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos
irradiam-se do polo.
Outras projeções:
- Projeção Senoidal: executada por Mercator, Sanson e Flamsteed, tem os paralelos horizontais e equidistantes. Trata-se de um tipo de projeção que procura manter as dimensões superficiais reais, deformando a fisionomia. Esta deformação intensifica-se na periferia do mapa.
- Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica.
- Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas.
- Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse, proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos.
- Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa, e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem como os ângulos azimutais.
- Projeção de Robinson: é uma representação global da Terra. Os meridianos são linhas curvas (elipses) e os paralelos são linhas retas.
Fonte:
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